quinta-feira, 30 de maio de 2013

Estilos do Rock

O rock and roll nasceu da mistura de 3 gêneros musicais distintos da música americana:blues, country e jazz.

                                 
Década de 1950
* Rockabilly: conhecido como country-soul, foi o estilo de rock de Carl Perkins, Gene Vincent, Eddie Cochran, Johnny Burnette e Dorsey Burnette.

* Country rock: bastante parecido com o rockabilly, e as suas maiores estrelas foram Bill Haley, Jerry Lee Lewis, Johnny Cash e Bob Luman.

* Classic rock: mistura de vários outros tipos de músicas; seus maiores representantes foram Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richard, Bo Diddley, e Buddy Holly



* New Orleans dance blues: gênero em que predominavam baladas, tendo o piano como instrumento principal. Little Richard e Fats Domino destacaram-se.

* Chicago R&B (Rhythm and blues): basicamente uma versão negra do rockabilly, que tinha Chuck Berry e Bo Diddley como mestres.



* Grupo vocal: sem instrumentos, podem ser comparados às boy bands de atualmente. Eram bandas em que era usado somente a voz, sem instrumentos.


Década de 1960


Momento mais popular  do rock, trazia as idéias de quem tinha visto o rock surgir e de quem não havia conseguido sucesso na década anterior. O movimento anti-guerra e as drogas, combinados, deram origem ao pensamento dessa década.

* Invasão britânica ou British Invasion:  foi um influxo de artistas de rock and roll do Reino Unido que se tornaram populares nos Estados Unidos, Austrália, Canadá e outros países. A Invasão Britânica clássica ocorreu entre 1964 e 1966.  O sucesso que os Beatles e os Rolling Stones fizeram nesta época foi o responsável por difundir o rock pelo mundo.

* Psicodelismo/Acid rock:  buscava reproduzir os efeitos da maconha e do LSD usando distorções, pedais de efeito, teclados, escalas hindus ou muito volume. Os principais nomes do acid rock foram os grupos: The Doors, Jefferson Airplane, Beatles, Grateful Dead, Love e Jimi Hendrix. Marcantes na evolução nas festivais de música, como o de Woodstock.

* Rock experimental: rock que misturava elementos de vários estilos musicais associados ao rock ou não. Costuma ser confundido com o progressivo e/ou psicadélico, embora rock experimental seja a melhor denominação. Caracteriza-se pela complexidade musical elevada. Beatles (fase final), Iron Butterfly, Jimi Hendrix, Frank Zappa.

* Rock progressivo: músicas de longa duração, desde os quatro minutos até os discos de uma única faixa; utilização e apropriação de elementos de vários estilos não comumente associados ao rock: a música folclórica, o jazz, a música erudita, o blues, etc. Exemplos mais ilustres: Jethro Tull, Yes, Genesis, Emerson, Lake & Palmer, Pink Floyd e King Crimson.



* Surf music: com pegadas fortes e distorcidas, e com traço principal o reverb (eco). Muitas das bandas são apenas instrumentais, podendo haver apenas o Baixo. Considerar as banda Los Straitjackets, e no Brasil Retrofoguetes. É importante não confundir Surf music com Surf rock, onde temos os Beach Boys e The Ventures.

* Ópera rock: estilo de rock que conta histórias com muitos minutos. As óperas mais famosas incluem Tommy e Quadrophenia, do The Who, Arthur, do The Kinks, S.F. Sorrow, do The Pretty Things, The Wall, do Pink Floyd e The Celebration Of The Lizard King do The Doors. 

* Garage rock: para estes roqueiros, celebridade e muito dinheiro importavam ainda menos que sofisticação musical, qualquer um pode fazer rock de garagem, basta ter instrumentos, saber três acordes ou marcar um 4/4. É também conhecido como proto-punk, já que o punk foi inspirado nesse estilo. O estilo é conhecido, basicamente, pelas composições "Wild Thing", da banda inglesa The Troggs, e "Leader of the Pack", das americanas The Shangri-Las.

* Blues rock: esse estilo de rock contém extrema influência de blues, Rolling Stones, The Animals, Janis Joplin, The Beatles, The Doors, Cream e The Who são os precursores. Deu origem ao hard rock. Considerado por muitos um estilo purista.

* Iê-Iê-Iê: o rock and roll brasileiro era chamado de iê-iê-iê, por influência da expressão Yeah, yeah, yeah, presente em músicas dos Beatles. O rock brasileiro tinha como influências da Inglaterra e dos Estados Unidos, dependendo do artista ou banda. Os principais roqueiros brasileiros do período são Roberto Carlos e Erasmo Carlos, porém nomes como Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys, Os Incríveis, Wanderléa, Martinha, e muitos outros que participaram da Jovem Guarda também contam.


Década de 1970


No final da década de 60 houve um retorno a um rock mais direto e primitivo, como uma resposta daqueles que não gostavam da psicodelia, sendo que como resultado a psicodelia sumiu, deixando somente o seu "filho": o rock progressivo.

* Hard rock: o estilo que marcou esta década unia a modernidade do rock com estilos como o blues e o jazz.Bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, Aerosmith, Kiss, Blue Cheer, AC/DC, entre outras, ajudaram a forjar o estilo. 

* Glam rock: rock com purpurinas e saltos altos, os nomes mais conhecidos internacionalmente são: Sweet, New York Dolls, Gary Glitter, T. Rex, Queen, David Bowie, Roxy Music, Slade, Heart etc. No Brasil o grande representante do glam rock foi o grupo Secos & Molhados, que surgiu nos anos 70.

* Punk rock: o punk foi um estilo que surgiu no final dos anos 70, quando o rock estava sofrendo um momento de impopularidade e as apresentações ao vivo não estavam fazendo muito sucesso. Pregava o jeito "Faça Você Mesmo" de fazer música, em direta oposição ao som extremamente esmerado do progressivo. Defendia a rebeldia e de certa forma herdou do rock a crítica social. Como principais nomes podem ser citados: Ramones  ,The Troggs, Sex Pistols, The Clash, Television, Patti Smith, The Stooges.
  
Década de 1980


* New wave: intermediário entre o pop e o punk. Recebeu também influências da disco music e dos ritmos jamaicanos reggae e ska. Seus principais nomes foram: The B-52's, Talking Heads, The Police, Culture Club, Duran Duran, New Order entre outros.

* Heavy metal: baseado no hard rock, nos anos 80 que o metal se concretizou como um estilo próprio, criando suas vertentes e abandonando as características do rock and roll. Nesta época o metal ganhou força, surgindo a qualidade musical e destreza de seus músicos. As músicas tem velocidade em riffs e solos.Entre os exemplos citam-se Iron Maiden, Judas Priest, Motörhead, Saxon, Accept, Manowar.

* Thrash metal: estilo musical caracterizado por um ritmo acentuadamente mais rápido do que o heavy metal, porém usualmente com uma bateria mais estática, com menos repiques. As letras são usualmente gritadas pelos vocalistas, numa espécie de tentativa de se adequar aos temas violentos por elas retratadas. Entre os exemplos citam-se Metallica, Megadeth, Slayer, Kreator, Sodom, Anthrax, Pantera e Sepultura.

* Power metal: o metal melódico é uma versão com coro do heavy metal tradicional criado em meados dos anos 80 por uma banda alemã chamada Helloween e faz criticas sobre governos atuais ou medievais, fala também sobre coisas medievais como guerras, dragões, cavaleiros e etc. Entre os exemplos citam-se Helloween, Stratovarius, Blind guardian, Rhapsody e Angra

* Post-punk: mais intelectualizado e intimista que o punk rock, o pós-punk caracteriza-se pelas letras existencialistas e pessimistas, o ênfase no baixo e na bateria e as influências do art rock, do proto-punk e do krautrock. As principais bandas do post-punk são Joy Division, Public Image Ltd, The Cure, Siouxsie & the Banshees, Echo & the Bunnymen, The Fall, Gang of Four, Jesus and Mary Chain e The Smiths.

* Gothic rock: em música, chama-se de gótico, em geral, o rock com predominância de tons menores. Frequentemente trata de passagens tristes e melancólicas em suas letras. Outra característica do gótico é o uso de aparelhos de música eletrônica. Exemplos: Bauhaus, Alien Sex Fiend, Christian Death, Sisters of Mercy e The Birthday Party. 



* Rock alternativo ou indie rock: rock alternativo, ou independente, é o movimento que procura sonoridades diferentes dentro do rock, fugindo do hard rock. Usam de um apelo diferente, trazendo influências de outros estilos e experimentando coisas novas, como o Sonic Youth e Pixies. O termo indie vem de independent, "independente", ou seja, bandas underground que não tinham apoio das grandes gravadoras. 

* Hardcore: Dead Kennedys, Discharge e Exploited são apenas alguns dos nomes mais conhecidos desta variante do punk, muito mais barulhenta e politicamente orientada . Bandas como Bad Religion, Descendents e Hüsker Dü deram origem ao Hardcore Melódico, que fez escola nos anos 90.

* Emo: foi um gênero de música dos anos 1980 baseado no Hardcore, referindo-se ao cenário punk de Washington, DC onde diversas bandas compunham suas músicas num lirismo mais emotivo que o habitual. Bandas-líder: Embrace, Rites of Spring.

* Funk metal: inspirado no balanço “funky” misturado a outras vertentes como o "heavy metal", o funk metal tomou forma nos anos 80, principalmente por causa de bandas como: Red Hot Chili Peppers, Faith No More, Rage Against the Machine, Beastie Boys, Suicidal Tendencies, Jane's Addiction, Living Colour e Primus,o Funk Metal começou em meados dos anos 80 com Red Hot Chili Peppers

Década de 1990

* Grunge: não foi um estilo de música, mas sim um nome para o movimento que trazia diversas bandas sem um estilo definido. A principal banda desse estilo era, o Nirvana, tinha um som voltado para o punk. Bandas como Soundgarden e Alice in Chains tinham um estilo mais inspirado no metal e no hard hock, Pearl Jam puxava mais para o lado do hard rock, rock clássico e rock alternativo. Outras bandas como Stone Temple Pilots, Bush e Silverchair chegaram no mainstream depois da consolidação do movimento Grunge. Muitas dessas bandas atingiram o 1º lugar nas paradas no mundo todo e até hoje vê-se influências desse movimento em bandas como Everclear e Seether.

* Britpop: algumas bandas inglesas, que por possuírem uma estética similar, embora sem representar um movimento unitário, costumam ser denominadas britpop. Entram nesta denominação grupos pop como Blur e Oasis assim como grupos menos comerciais como Pulp, Suede, The Stone Roses e Supergrass.

* Riot grrrl: a grosso modo, uma versão feminina do grunge, porém com letras que deixam transparecer o ativismo pela causa feminista. As suas representantes incluem L7, Bikini Kill, Sleater-Kinney, Babes in Toyland e Bratmobile.

* Neo-Psicodelismo: as ideais de paz e amor são retomadas, mas sem a ingenuidade dos anos 60. Exemplo de bandas: U2, R.E.M., Smashing Pumpkins, Cake, entre outros.

* Metal progressivo: aliando o peso do heavy metal à psicodelia do rock progressivo, algumas bandas deste estilo fazem dos seus membros referências para os entusiastas do heavy metal e, em alguns casos, do rock de uma forma geral. O exemplo mais proeminente é o Dream Theater, cujos integrantes são cultuados por seu talento. Outros exemplos de bandas neste estilo incluem, Shadow Gallery, Evergrey, Symphony X, Queensryche e Vanden Plas.

* Metal alternativo: é uma forma eclética de heavy metal. Algumas bandas surgidas, com esse estilo, são: Faith No More, Alice In Chains, Deftones, Godsmack, Evanescence e System of a Down.

* Indie rock: bandas de garagem que participam do circuito "independente", fora do mainstream, como: Radiohead, Pixies, Dinosaur Jr., The Strokes,The Libertines, White Stripes, Coldplay, Travis e Belle & Sebastian, além de algumas bandas britpop.

* Post rock: estilo de rock oriundo do início dos anos 90, quando algumas bandas iniciaram uma ousada proposta de unir elementos do rock alternativo com o rock progressivo. Slint foi considerada a banda precursora do estilo, seguido também por Coheed and Cambria.

* Nu metal: é caracterizado por bandas que misturam outros estilos musicais nas suas composições, notadamente rap ou música eletrônica. Por causa disso, é ignorado pelos entusiastas puristas de heavy metal. Bandas deste estilo incluem Slipknot, Korn, Limp Bizkit, P.O.D., Otep, Linkin Park e Deftones. Alguns atribuem a origem do estilo ao Faith No More, enquanto outros remetem à sonoridade adoptada pelo Pantera a partir do seu quinto disco, Cowboys From Hell.


* Death metal: é um estilo musical extremo que aborda desde satanismo, guerras e até assassinatos,suicídios e carnificinas.O death metal tem muitas outras vertentes dentro de si, como thrash death metal, tech death metal, splatter death metal, death metal melódico, brutal death metal, etc. O som é caracterizado por riffs pesados e distorcidos e por vocais guturais. Bandas desse estilo incluem Morbid Angel, Cannibal Corpse, Death, Obituary, Deicide, Cryptopsy, Nile, Benediction, Krisiun, Dismember, Entombed, In Flames, Soilwork, e Children of Bodom.

* Black metal: é a vertente mais extrema e obscura dentro do heavy metal, surgiu no começo dos anos 80 com bandas como Venom e Mercyful Fate mas que tinha uma sonoridade bem mais parecida com o heavy metal tradicional e nada parecido com o black metal de hoje em dia. O som é caracterizado por letras satanicas,por vocais rasgados e riffs de guitarra rápidos e pesados. As bandas mais conhecidas são: Marduk, Emperor, Gorgoroth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth, Immortal, Dark Funeral, Darkthrone.

* Metal industrial: faz uso de industrial (uma vertente da música eletrônica) em conjunção com o rock, mas ao contrário do new metal, praticamente não há elementos sonoros de rap. As músicas deste gênero também são consideradas experimentais, por adicionar sonoridades e distorções fora do convencional. Exemplos incluem Marilyn Manson, Nine Inch Nails, Rammstein, Fear Factory, Deathstars, Ministry, e Rob Zombie.

* Metalcore: vertente do heavy metal que começou a surgir no final da década de 90 e hoje é o estilo mais popular entre os jovens da actualidade. Algumas bandas dessa vertente As I Lay Dying, All That Remains, Caliban, Killswitch Engage e Avenged Sevenfold.


* Visual kei: movimento originado no Japão que combina diversos estilos como gótico, punk, metal, ska, pop rock, etc, de uma maneira muito peculiar, apresentado usualmente sob uma imagem carregada e andrógena dos músicos. Alguns representantes são X Japan, Luna Sea, Glay, Buck-Tick, L'Arc~en~Ciel, Malice Mizer e Moi Dix Mois.

* Pop punk: uma mistura de Punk Rock, Pop e o Ska de Less Than Jake, o Pop Punk começou com um cenário independente muito forte, com diferentes estratégias de divulgação. Alguns representantes desse estilo: Millencolin, Green Day, Blink-182 e Sum 41.


Década de 2000

Com o pop dominando as paradas, o rock parecia ter perdido a força. No entanto uma nova vertente do estilo, mais consciente sobre a relação do rock e a diversidade da música surgiu, demonstrando toda a vitalidade do ideal do "rock'n'roll" que insiste em não morrer. Viraram queridinhos da mídia: The Vines, Yeah Yeah Yeahs, The Strookes, Interpol, Libertines e White Stripes também foram chamados de "the next big thing", tendo, no entanto, apenas uma importância módica na cultura pop.

* Indie rock: O indie rock dessa década perdeu toda a ideia dos anos 90 e ficou mais conhecido por serem bandas de rock alternativo se aproximando do pop, os diversos subgeneros criados com esse estilo são marcadas pelo revivalismo do pós-punk do anos 80 só que feito de um jeito mais contemporâneo. Típicas bandas influenciadoras: Gang of Four, Blondie, Joy Division, The Cure. Alguns exemplos desse estilo: Franz Ferdinand, Bloc Party, Kaiser Chiefs, 'The Coral, Raconteurs, She Wants Revenge, Arctic Monkeys etc. O indie rock dos anos 2000, acabou levando a muitos outros estilos, alguns até hoje não rotulados. A situação caminhou a tal ponto que é quase impossível saber o que é e o que não é indie rock.

* Garage rock revival: Altamente confundido com o indie rock. O garage rock revival é um rock minimalista: poucos acordes, guitarristas distorcidas, sem "firulas". Seria uma especie de rock de garagem só que mais moderno e mais bem elaborado. Diferente do conhecido garage rock, o garage rock revival dos anos 2000 não segue as regras do anteriores, dos anos 60 e 80, ele só é chamado de "garage rock" por ser um rock cru.

* Dance-punk : Pode ser considerado um tipo de indie rock, pois também tem clara influencia do pós-punk. A mistura de ritmos e batidas dançantes com o punk e a New Rave, movimento que começou em Londres e tem como percussores as bandas: Radio 4, LCD Soundsystem, Klaxons, Shitdisco, The Rapture e tem como maior característica a mistura do punk rock, pós-punk e samples de Música Eletrônica atuais. Em 2006 fora criado a New Rave, um movimento de Dance-punk europeu.




Bandas


Bandas Rock










Devil








SOMOS TODOS IGUAIS .








fonte: GOOGLE.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ESPAÇO DO PROFESSOR


Humilhação e descaso :

Professor é  um ser extremamente  importante, pois todos os grandes profissionais já  passaram pela mão  de algum.Aí  vem a pergunta:
Por que tanto descaso por este profissional? 



SER PROFESSOR


          SER PROFESSOR
          A figura do professor pode ser comparada como um tripé, onde cada perna desse é nomeada como algo psíquico, técnico e místico.
 O psíquico indica que o professor é comparado com um elemento que acolhe o aluno e procura tentar entende-lo sob várias maneiras, dentre elas citamos um ouvidor, que procura escutar tudo o que o aluno tem a dizer, ou seja, seu desabafo. E também um sujeito que tem as respostas e soluções para quase tudo.
O técnico, aquele que detém todo o conhecimento e como utilizar este.
O místico, aquele que ,na cabeça do aluno, se porta como um ser fantasioso, ou seja, dependendo do professor, aquele cara onde o aluno cria asas para a sua imaginação.

Raul Francisco Grasso

Aprendi o silêncio com os faladores, 
a tolerância com os intolerantes, 
a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, 
sou grato a esses professores.

Khalil Gibran



O OBJETIVO É O QUE VOCÊ QUER SER,ESTUDAR É O CAMINHO.

Sandra Fernandes Grasso

O verdadeiros professor nunca desiste de seus alunos,mesmo se eles desistirem desse
professor.

Arthur Fernandes Grasso.



O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender
Janoí Mamedes

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina

imagem retirado do google.
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    Ser professor significa tomar decisões pessoais e individuais constantes, porém sempre
reguladas por normas coletivas, as quais são
elaboradas por outros profissionais ou regulamentos institucionais.
E, embora se exija dos professores uma
capacidade criativa e de tomada de decisões,
boa parte dessa energia acaba por ser direcionada na busca de solução de problemas de
adequação com as normas estabelecidas exteriormente.
Voltando às nossas questões iniciais, podemos deduzir que, embora o docente não
possa definir a ação educativa (enquanto
construção autônoma), há a possibilidade da
refletir sobre o papel que ocupa neste processo. Mas, sozinho não é capaz de afetá-lo.
Dessa, forma, uma de nossas maiores angústias, pode ser respondida quando se entende a competência docente como algo não
traduzível por técnicas ou habilidades. O
professor não é um técnico. Assim como ser
jornalista não é ser técnico. É ser antes de
tudo um sujeito integrado com o mundo e sabedor de seu papel social.
Ser professor significa, antes de tudo, ser
um sujeito capaz de utilizar o seu conhecimento e a sua experiência para desenvolverse em contextos pedagógicos práticos preexistentes. Isso nos leva à visão do professor como um intelectual, o que implicará em
maior abertura para se discutir as ações educativas. Além disso envolve a discussão e
elaboração de novos processos de formação,
inclusive de se estabelecerem novas habilidades e saberes para esse novo profissional.
Ao atuar como professor o jornalista também estaria desenvolvendo a ampliação dos
conceitos e sentidos dados à profissão, vista
até aqui como um saber eminentemente técnico.
Entretanto, cabe aqui uma ressalva para
não incorrermos num erro. Se entendemos
que o professor não é um técnico, isto é, que
os atuais processos de formação de professores pecam por darem ênfase exagerada aos
processos técnico-metodológicos, não estamos dizendo que a prática educativa pode vir
a ser construída apenas a partir da experiência. Pelo contrário, embora não se possa estabelecer uma supremacia da teoria sobre a
prática ou vice-versa, tanto uma como outra
são de extrema importância para o processo
de ensino.
O processo deve sempre ser pensado como
um processo de: ação – reflexão – ação. Não
podemos imaginar uma ação educativa criada puramente a partir da experiência, muito
menos como a mera tradução do saber científico. Sacristán (1995) fala, se possível, de
um ensino encarado como resultado de um
empenhamento moral e ético, onde o professor e o aluno saibam exatamente quais são
seus papéis e, o primeiro, tenha consciência
de seu inevitável poder.
Retomando a idéia do professor intelectual talvez o maior desafio seja transformar
os atuais cursos de comunicação na tentativa da construção de um profissional mais
completo. Tais cursos preparam os alunos
para algo idealizado onde, todos as metodologias são possíveis e positivas, o processo
de aprendizagem dá-se sempre de forma linear e inteligente, todas as escolas possuem
boas instalações e equipamentos.
Prepara-se para uma escola ideal, mas
muito longe do “mundo real” onde quase
nunca as condições mais básicas para a ação
educativa estão presentes. “ A formação do
professor se faz, ainda hoje, com base em estudos e modelos do passado baseados numa
realidade ideal que nunca se concretizou”
(RIBAS, 2000, p. 35).

http://www.bocc.ubi.pt/pag/felz-jorge-reflexoes-sobre-ser-professor.pdf

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Ser professor: uma escolha de poucos

Pesquisa com estudantes do Ensino Médio comprova a baixa atratividade da docência

Nos últimos anos, tornou-se comum a noção de que cada vez menos jovens querem ser professores. Faltava dimensionar com mais clareza a extensão do problema. Um estudo encomendado pela Fundação Victor Civita (FVC) à Fundação Carlos Chagas (FCC) traz dados concretos e preocupantes: apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no vestibular graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula - Pedagogia ou alguma licenciatura (leia o gráfico abaixo).

Uma profissão desvalorizada
Só 2% dos entrevistados pretendem cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura, carreiras pouco cobiçadas por alunos das redes pública e particular


Ilustração: Mario Kanno
Fonte: Pesquisa Atratividade da Carreira Docente no Brasil (FVC/FCC)

A pesquisa, que ouviu 1.501 alunos de 3º ano em 18 escolas públicas e privadas de oito cidades, tem patrocínio da Abril Educação, do Instituto Unibanco e do Itaú BBA e contou ainda com grupos de discussão para entender as razões da baixa atratividade da carreira docente. Apesar de reconhecerem a importância do professor, os jovens pesquisados afirmam que a profissão é desvalorizada socialmente, mal remunerada e com rotina desgastante (leia as frases em destaque).

"Se por acaso você comenta com alguém que vai ser professor, muitas vezes a pessoa diz algo do tipo: 'Que pena, meus pêsames!'"
Thaís*, aluna de escola particular em Manaus, AM

"Se eu quisesse ser professor, minha família não ia aceitar, pois investiu em mim. É uma profissão que não dá futuro."
André*, aluno de escola particular em Campo Grande, MS

* Os nomes dos alunos entrevistados foram alterados para preservar a confidencialidade da pesquisa


O Brasil já experimenta as consequências do baixo interesse pela docência. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas no Ensino Médio e nas séries finais do Ensino Fundamental o déficit de professores com formação adequada à área que lecionam chega a 710 mil (leia o gráfico ao lado). E não se trata de falta de vagas. "A queda de procura tem sido imensa. Entre 2001 e 2006, houve o crescimento de 65% no número de cursos de licenciatura. As matrículas, porém, se expandiram apenas 39%", afirma Bernardete Gatti, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e supervisora do estudo. De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2009, o índice de vagas ociosas chega a 55% do total oferecido em cursos de Pedagogia e de formação de professores.

Faltam bons candidatos
A baixa procura contrasta com a falta de docentes com formação adequada 
Ilustração: Mario Kanno
Fontes: Inep e Censo da Educação Superior (2004 e 2008)

terço dos jovens pensou em ser professor, mas desistiu
Ilustração: Mario Kanno
Ilustrações: Mario Kanno
O estudo indica ainda que a docência não é abandonada logo de cara no processo de escolha profiUm ssional. No total, 32% dos estudantes entrevistados cogitaram ser professores em algum momento da decisão. Mas, afastados por fatores como a baixa remuneração (citado nas respostas por 40% dos que consideraram a carreira), a desvalorização social da profissão e o desinteresse e o desrespeito dos alunos (ambos mencionados por 17%), acabaram priorizando outras graduações. O resultado é que, enquanto Medicina e Engenharia lideram as listas de cursos mais procurados, os relativos à Educação aparecem bem abaixo (leia os gráficos na página ao lado).

Um recorte pelo tipo de instituição dá mais nitidez a outra face da questão: o tipo de aluno atraído para a docência. Nas escolas públicas, a Pedagogia aparece no 16º lugar das preferências. Nas particulares, apenas no 36º. A diferença também é grande quando se consideram alguns cursos de disciplinas da Escola Básica. Educação Física, por exemplo, surge em 5º nas públicas e 17º nas particulares. "Essas informações evidenciam que a profissão tende a ser procurada por jovens da rede pública de ensino, que em geral pertencem a nichos sociais menos favorecidos", afirma Bernardete. De fato, entre os entrevistados que optaram pela docência, 87% são da escola pública. E a grande maioria (77%), mulheres.

O perfil é bastante semelhante ao dos atuais estudantes de Pedagogia. De acordo com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de Pedagogia, 80% dos alunos cursaram o Ensino Médio em escola pública e 92% são mulheres. Além disso, metade vem de famílias cujos pais têm no máximo a 4ª série, 75% trabalham durante a faculdade e 45% declararam conhecimento praticamente nulo de inglês. E o mais alarmante: segundo estudo da consultora Paula Louzano, 30% dos futuros professores são recrutados entre os alunos com piores notas no Ensino Médio. O panorama desanimador é resumido por Cláudia*, aluna de escola pública em Feira de Santana, a 119 quilômetros de Salvador: "Hoje em dia, quase ninguém sonha em ser professor. Nossos pais não querem que sejamos professores, mas querem que existam bons professores. Assim, fica difícil".

fonte:http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/carreira/ser-professor-escolha-poucos-docencia-atratividade-carreira-vestibular-pedagogia-licenciatura-528911.shtml

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IMAGENS:GOOGLE